30 ANOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL: UMA DISPUTA SIMBÓLICA

A loucura esteve sempre intimamente relacionada à exclusão social e à violência. O “século das luzes” trouxe, ironicamente, o obscurantismo para o tratamento do louco, tornado mero objeto de estudo das ciências emergentes, segregado e violentado em instituições asilares-manicomiais. Esse tratamento...

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Main Author: Thiago Salles Ignatowski
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2018-07-01
Series:Revista de Ciências do Estado
Online Access:https://seer.ufmg.br/index.php/revice/article/view/11673
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description A loucura esteve sempre intimamente relacionada à exclusão social e à violência. O “século das luzes” trouxe, ironicamente, o obscurantismo para o tratamento do louco, tornado mero objeto de estudo das ciências emergentes, segregado e violentado em instituições asilares-manicomiais. Esse tratamento dado à loucura, adotado como paradigma durante séculos, contribuiu para construir no imaginário popular uma compreensão da pessoa em sofrimento psíquico como um sujeito sem dignidade. Nesse cenário, a Luta Antimanicomial representa uma insurgência, contra essa visão segregacionista que reproduz a violência simbólica impingida a formas de vida consideradas “anormais”. Seu desafio vai além da modificação de leis e implica, sobretudo, a desconstrução de uma barreira discursiva que impede o reconhecimento do “louco” como pessoa e o respeito a sua dignidade. PALAVRAS-CHAVE: Luta Antimanicomial, poder simbólico, exclusão, dignidade.
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