Prevalência e fatores sociodemográficos associados ao beber pesado no Brasil: análises transversais da Pesquisa Nacional de Saúde

RESUMO: Objetivo: Este estudo teve o objetivo de caracterizar o hábito de beber pesado na população brasileira, utilizando os dados das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. Métodos: O tamanho das amostras em 2013 e 2019 foi de 60.202 e 88.943 indivíduos de 18 anos ou mais, res...

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Bibliographic Details
Main Authors: Lucas Sisinno Ribeiro, Giseli Nogueira Damacena, Célia Landmann Szwarcwald
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva 2021-08-01
Series:Revista Brasileira de Epidemiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2021000100430&tlng=en
Description
Summary:RESUMO: Objetivo: Este estudo teve o objetivo de caracterizar o hábito de beber pesado na população brasileira, utilizando os dados das duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e 2019. Métodos: O tamanho das amostras em 2013 e 2019 foi de 60.202 e 88.943 indivíduos de 18 anos ou mais, respectivamente. Foram estimadas as prevalências do hábito de beber pesado (definido por 8 ou mais doses por semana para as mulheres e 15 ou mais doses para os homens) e os intervalos de confiança por sexo, faixa etária, grau de escolaridade, cor da pele/raça, estado civil e situação de residência (urbana/rural). Foram usados modelos de regressão de Poisson para comparar as prevalências. Resultados: 6,1% dos brasileiros tinham o hábito de beber pesado em 2013 e 7,3% em 2019. Nas duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde, observou-se um gradiente de diminuição do beber pesado durante a vida, com as maiores prevalências entre os adultos jovens, entre os homens, com baixo nível de escolaridade, entre os solteiros e residentes da área urbana. Conclusões: As altas prevalências encontradas expõem a necessidade de considerar o hábito de beber pesado como um fator de risco à saúde da população brasileira e a urgência em adotar estratégias para a sua diminuição.
ISSN:1980-5497