A sustentabilidade no território difuso

A sustentabilidade entrou para a agenda-setting mediática, e por via disso do planeamento, com o relatório de Brundtland em 1987, cujas preocupações foram renovadas com a Declaração do Rio em 1992. Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 constituem o guia mais recente para a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Catarina de Almeida Pinheiro
Format: Article
Language:English
Published: DINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studies 2021-04-01
Series:Cidades, Comunidades e Território
Subjects:
Online Access:http://journals.openedition.org/cidades/3523
_version_ 1818848782915207168
author Catarina de Almeida Pinheiro
author_facet Catarina de Almeida Pinheiro
author_sort Catarina de Almeida Pinheiro
collection DOAJ
description A sustentabilidade entrou para a agenda-setting mediática, e por via disso do planeamento, com o relatório de Brundtland em 1987, cujas preocupações foram renovadas com a Declaração do Rio em 1992. Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 constituem o guia mais recente para a transformação sustentável do Mundo. A sustentabilidade das áreas urbanas assume especial preocupação face ao crescente aumento da extensão espacial, dos contingentes populacionais e das modificações ecológicas que acarretam. Atendendo às relações de interdependência no funcionamento do sistema ecológico, a sustentabilidade urbana demanda uma visão holística e sistémica do território e a adoção de um pensamento relacional. Para mais, obriga à erradicação da visão das cidades enquanto ‘ilhas estéreis’, que nega categoricamente às áreas urbanas a capacidade de desempenhar qualquer função ecológica. E, ainda, ao abandono de velhas dicotomias (e.g., cidade/campo, urbano/rural), que não captam a complexidade do território, particularmente em contextos de urbanização de difusa, como sucede no Noroeste de Portugal (conhecido como Minho), onde desde sempre se verificou uma continuidade entre a cidade e o campo e uma permeabilidade de funções. Face ao exposto, procura-se colocar em evidência os desafios na operacionalização e alcance da sustentabilidade no quadro específico da urbanização difusa, assim como promover o debate – nem endeusado, nem demonizado – sobre esta realidade urbana tão singular.
first_indexed 2024-12-19T06:22:49Z
format Article
id doaj.art-f63fa9b540ef4fab8c6fc4ff6af229a9
institution Directory Open Access Journal
issn 2182-3030
language English
last_indexed 2024-12-19T06:22:49Z
publishDate 2021-04-01
publisher DINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial Studies
record_format Article
series Cidades, Comunidades e Território
spelling doaj.art-f63fa9b540ef4fab8c6fc4ff6af229a92022-12-21T20:32:39ZengDINÂMIA’CET – IUL, Centre for Socioeconomic and Territorial StudiesCidades, Comunidades e Território2182-30302021-04-01A sustentabilidade no território difusoCatarina de Almeida PinheiroA sustentabilidade entrou para a agenda-setting mediática, e por via disso do planeamento, com o relatório de Brundtland em 1987, cujas preocupações foram renovadas com a Declaração do Rio em 1992. Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 constituem o guia mais recente para a transformação sustentável do Mundo. A sustentabilidade das áreas urbanas assume especial preocupação face ao crescente aumento da extensão espacial, dos contingentes populacionais e das modificações ecológicas que acarretam. Atendendo às relações de interdependência no funcionamento do sistema ecológico, a sustentabilidade urbana demanda uma visão holística e sistémica do território e a adoção de um pensamento relacional. Para mais, obriga à erradicação da visão das cidades enquanto ‘ilhas estéreis’, que nega categoricamente às áreas urbanas a capacidade de desempenhar qualquer função ecológica. E, ainda, ao abandono de velhas dicotomias (e.g., cidade/campo, urbano/rural), que não captam a complexidade do território, particularmente em contextos de urbanização de difusa, como sucede no Noroeste de Portugal (conhecido como Minho), onde desde sempre se verificou uma continuidade entre a cidade e o campo e uma permeabilidade de funções. Face ao exposto, procura-se colocar em evidência os desafios na operacionalização e alcance da sustentabilidade no quadro específico da urbanização difusa, assim como promover o debate – nem endeusado, nem demonizado – sobre esta realidade urbana tão singular.http://journals.openedition.org/cidades/3523urbanização difusaplaneamento e ordenamento do territóriosustentabilidade‘biorregião’estrutura ecológicaresiliência.
spellingShingle Catarina de Almeida Pinheiro
A sustentabilidade no território difuso
Cidades, Comunidades e Território
urbanização difusa
planeamento e ordenamento do território
sustentabilidade
‘biorregião’
estrutura ecológica
resiliência.
title A sustentabilidade no território difuso
title_full A sustentabilidade no território difuso
title_fullStr A sustentabilidade no território difuso
title_full_unstemmed A sustentabilidade no território difuso
title_short A sustentabilidade no território difuso
title_sort sustentabilidade no territorio difuso
topic urbanização difusa
planeamento e ordenamento do território
sustentabilidade
‘biorregião’
estrutura ecológica
resiliência.
url http://journals.openedition.org/cidades/3523
work_keys_str_mv AT catarinadealmeidapinheiro asustentabilidadenoterritoriodifuso
AT catarinadealmeidapinheiro sustentabilidadenoterritoriodifuso