Uma epizootia, duas notícias: a febre amarela como epidemia e como não epidemia
Ciclicamente afetado por epizootias de febre amarela silvestre, nos últimos nove anos o Brasil registrou a midiatização de dois desses episódios, com consequências distintas no cotidiano da saúde pública, em particular, e da população, de modo geral. No primeiro, em 2008, a intensa cobertura jornal...
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Format: | Article |
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Published: |
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
2017-06-01
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Online Access: | https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1339 |
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author | Claudia Malinverni |
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Ciclicamente afetado por epizootias de febre amarela silvestre, nos últimos nove anos o Brasil registrou a midiatização de dois desses episódios, com consequências distintas no cotidiano da saúde pública, em particular, e da população, de modo geral. No primeiro, em 2008, a intensa cobertura jornalística provocou um transbordamento da rede de sentidos da epizootia da sua dimensão epidemiológica para a dimensão cotidiana, o que acabou por configurar a doença como um objeto específico e independente que se instalou no cotidiano como uma epidemia midiática de febre amarela. Diferentemente, em 2017, a narrativa jornalística centrada na objetividade da informação factual, com grande ancoragem no discurso perito, manteve o fenômeno circunscrito à forma silvestre. Uma análise comparativa das notícias publicadas nos dois períodos permitiu observar que as diferenças no uso de repertórios e o enquadramento dos textos determinaram a produção do sentido epidêmico em 2008 e não epidêmico em 2017.
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institution | Directory Open Access Journal |
issn | 1981-6278 |
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publisher | Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) |
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spelling | doaj.art-f6649df3884447d7964805e432bb5a0e2022-12-22T04:34:16ZengInstituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)RECIIS1981-62782017-06-0111210.29397/reciis.v11i2.13391087Uma epizootia, duas notícias: a febre amarela como epidemia e como não epidemiaClaudia Malinverni0Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Biblioteca CIR. São Paulo, Brasil. Ciclicamente afetado por epizootias de febre amarela silvestre, nos últimos nove anos o Brasil registrou a midiatização de dois desses episódios, com consequências distintas no cotidiano da saúde pública, em particular, e da população, de modo geral. No primeiro, em 2008, a intensa cobertura jornalística provocou um transbordamento da rede de sentidos da epizootia da sua dimensão epidemiológica para a dimensão cotidiana, o que acabou por configurar a doença como um objeto específico e independente que se instalou no cotidiano como uma epidemia midiática de febre amarela. Diferentemente, em 2017, a narrativa jornalística centrada na objetividade da informação factual, com grande ancoragem no discurso perito, manteve o fenômeno circunscrito à forma silvestre. Uma análise comparativa das notícias publicadas nos dois períodos permitiu observar que as diferenças no uso de repertórios e o enquadramento dos textos determinaram a produção do sentido epidêmico em 2008 e não epidêmico em 2017. https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1339saúde públicafebre amarelacomunicação e saúdejornalismopráticas discursivasprodução de sentidos no cotidiano. |
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