O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções

O objetivo do trabalho é analisar os principais aspectos dos conhecimentos epidemiológicos atuais sobre o estado evolutivo das infecções. Os organismos que constituem a biosfera formam sistemas dinâmicos que abrangem todo o planeta. Tais relacionamentos podem ser variáveis em intensidade. Alguns lim...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Forattini Oswaldo Paulo
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2002-01-01
Series:Revista de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000300001
_version_ 1818516608216203264
author Forattini Oswaldo Paulo
author_facet Forattini Oswaldo Paulo
author_sort Forattini Oswaldo Paulo
collection DOAJ
description O objetivo do trabalho é analisar os principais aspectos dos conhecimentos epidemiológicos atuais sobre o estado evolutivo das infecções. Os organismos que constituem a biosfera formam sistemas dinâmicos que abrangem todo o planeta. Tais relacionamentos podem ser variáveis em intensidade. Alguns limitam-se à superfície orgânica, enquanto outros chegam à intimidade do genoma. Portanto, há de se concluir que o parasitismo constitui fenômeno muito comum na natureza. Os parasitos infectantes comunicam-se mediante mecanismos variados. Entre eles, reconhece-se a existência de intercâmbio gênico mediante a troca de segmentos de DNA. Assim, as comunidades parasitárias não vivem isoladamente, mas estabelecem interconexões. O processo de internação objetiva a entrada do parasito no meio intracelular. E isso dá-se desde a fagocitose, manipulada pelos agentes infecciosos, até meios mais sofisticados como a elaboração de pilli. Para abandonar esse ambiente intracelular, alguns recorrem à apoptose. Este fenômeno, de comando genético, chega à especialização de destruir os macrófagos. Aceita-se, atualmente, que o DNA, sob a forma molecular, poderá circular na corrente sangüínea constituindo os denominados infectrons. Isso permite criar a hipótese sobre a existência de redes que, formadas principalmente por estes elementos, permitem a co-adaptabilidade entre o parasito e o organismo parasitado. Concluiu-se que há uma co-evolução entre o organismo hospedeiro e o do parasito, propiciando o surgimento de novas entidades mórbidas.
first_indexed 2024-12-11T00:44:35Z
format Article
id doaj.art-f6f6f9b12ab04e3a86026f5ea3aa7e26
institution Directory Open Access Journal
issn 0034-8910
1518-8787
language English
last_indexed 2024-12-11T00:44:35Z
publishDate 2002-01-01
publisher Universidade de São Paulo
record_format Article
series Revista de Saúde Pública
spelling doaj.art-f6f6f9b12ab04e3a86026f5ea3aa7e262022-12-22T01:26:49ZengUniversidade de São PauloRevista de Saúde Pública0034-89101518-87872002-01-01363257262O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecçõesForattini Oswaldo PauloO objetivo do trabalho é analisar os principais aspectos dos conhecimentos epidemiológicos atuais sobre o estado evolutivo das infecções. Os organismos que constituem a biosfera formam sistemas dinâmicos que abrangem todo o planeta. Tais relacionamentos podem ser variáveis em intensidade. Alguns limitam-se à superfície orgânica, enquanto outros chegam à intimidade do genoma. Portanto, há de se concluir que o parasitismo constitui fenômeno muito comum na natureza. Os parasitos infectantes comunicam-se mediante mecanismos variados. Entre eles, reconhece-se a existência de intercâmbio gênico mediante a troca de segmentos de DNA. Assim, as comunidades parasitárias não vivem isoladamente, mas estabelecem interconexões. O processo de internação objetiva a entrada do parasito no meio intracelular. E isso dá-se desde a fagocitose, manipulada pelos agentes infecciosos, até meios mais sofisticados como a elaboração de pilli. Para abandonar esse ambiente intracelular, alguns recorrem à apoptose. Este fenômeno, de comando genético, chega à especialização de destruir os macrófagos. Aceita-se, atualmente, que o DNA, sob a forma molecular, poderá circular na corrente sangüínea constituindo os denominados infectrons. Isso permite criar a hipótese sobre a existência de redes que, formadas principalmente por estes elementos, permitem a co-adaptabilidade entre o parasito e o organismo parasitado. Concluiu-se que há uma co-evolução entre o organismo hospedeiro e o do parasito, propiciando o surgimento de novas entidades mórbidas.http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000300001AdaptaçãoEcologiaApoptoseRelações hospedeiro-parasitaCo-evoluçãoInfectrons
spellingShingle Forattini Oswaldo Paulo
O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
Revista de Saúde Pública
Adaptação
Ecologia
Apoptose
Relações hospedeiro-parasita
Co-evolução
Infectrons
title O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
title_full O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
title_fullStr O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
title_full_unstemmed O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
title_short O pensamento epidemiológico evolutivo sobre as infecções
title_sort o pensamento epidemiologico evolutivo sobre as infeccoes
topic Adaptação
Ecologia
Apoptose
Relações hospedeiro-parasita
Co-evolução
Infectrons
url http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000300001
work_keys_str_mv AT forattinioswaldopaulo opensamentoepidemiologicoevolutivosobreasinfeccoes