O objetivo principal deste trabalho é apresentar e discutir as idades geocronológicas U-Pb, em zircões de rochas metavulcânicas pertencentes ao Grupo Itaiacoca. Este é representado por uma seqüência metavulcano-sedimentar, que ocorre como uma faixa relativamente estreita, limitada a norte pelo Batól...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Oswaldo Siga Jr., Miguel Angelo Stipp Basei, Kei Sato, Hélcio José dos Prazeres Filho, Leonardo Fadel Cury, Werner Weber, Cláudia Regina Passarelli, Ossama Mohamed Harara, José Manoel dos Reis Neto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2003-08-01
Series:Geologia USP. Série Científica
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/guspsc/article/view/27382
Description
Summary:O objetivo principal deste trabalho é apresentar e discutir as idades geocronológicas U-Pb, em zircões de rochas metavulcânicas pertencentes ao Grupo Itaiacoca. Este é representado por uma seqüência metavulcano-sedimentar, que ocorre como uma faixa relativamente estreita, limitada a norte pelo Batólito Granítico Cunhaporanga, sendo balizada a sul, através da Zona de Cisalhamento Itapirapuã, pelo Batólito Granítico Três Córregos e pelos metassedimentos do Grupo Açungui. Os estudos geológicos efetuados na porção sul da Faixa Itaiacoca permitiram reconhecer três unidades geológicas maiores, representadas, da base para o topo, por metarcóseos (com importante contribuição vulcânica-vulcanoclástica), rochas metacarbonáticas e rochas metapelíticas-metapsamíticas. Análises geocronológicas U-Pb realizadas em zircões de dois afloramentos de rochas metavulcânicas, forneceram idades de 628 ± 18 Ma (SHRIMP) e 636 ± 30 Ma (convencional). O metamorfismo dessas rochas parece ter ocorrido em épocas bastante próximas (628 - 610 Ma) à cristalização dos zircões, sugerindo curto intervalo de tempo entre o vulcanismo estudado e os episódios de fechamento da bacia. Não obstante, as idades obtidas também se aproximam da época de formação dos batólitos graníticos Três Córregos (630 Ma) e Cunhaporanga (590 Ma), admitidos como prováveis arcos magmáticos. Tal padrão isotópico caracteriza um cenário tectônico Neoproterozóico envolvendo vulcanismo, metamorfismo e plutonismo granítico, interpretados como relativos aos estágios finais da evolução da Bacia Itaiacoca.
ISSN:2316-9095