Pai pobre, filho pobre? Uma análise da mobilidade intergeracional de renda na coorte de nascimentos de 1982, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil

O Brasil é apontado como um dos países com as menores mobilidades intergeracionais de renda do mundo. O principal objetivo do artigo é analisar a mobilidade intergeracional de renda na coorte de nascimentos de 1982 em Pelotas, Rio Grande do Sul. São utilizados dois métodos de estimação: elasticidade...

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Bibliographic Details
Main Authors: Cesar Augusto Oviedo Tejada, Andréa D. Bertoldi, André Carraro, Felipe Garcia Ribeiro, Janaína Vieira dos Santos Motta, Fernando Celso Barros, Bernardo Lessa Horta, Aluísio J. D. Barros
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2015-06-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2015000601225&lng=en&tlng=en
Description
Summary:O Brasil é apontado como um dos países com as menores mobilidades intergeracionais de renda do mundo. O principal objetivo do artigo é analisar a mobilidade intergeracional de renda na coorte de nascimentos de 1982 em Pelotas, Rio Grande do Sul. São utilizados dois métodos de estimação: elasticidade intergeracional de renda e regressões quantílicas para mensuração de possíveis heterogeneidades na mobilidade intergeracional em função dos diferentes níveis de renda dos pais no passado. Os resultados mostram uma mobilidade intergeracional de renda relativamente alta para os padrões brasileiros. A explicação reside, sobretudo, no fato de terem sido usados dados de renda dos filhos em idade jovem, em torno de 23 anos. As análises das regressões quantílicas indicam que a maior mobilidade social acontece nas camadas sociais intermediárias. Os resultados encontrados reforçam a existência de dois polos opostos de armadilhas: armadilha da pobreza e da riqueza.
ISSN:1678-4464