MERCANTILIZAÇÃO DA CULTURA E A IDENTIDADE DO CAPITAL: AS TRANSFORMAÇÕES NO CENTRO DA CIDADE DE SANTOS (SP)

A análise desenvolvida promove uma crítica aos projetos e políticas públicas operantes na transformação do espaço urbano que, geralmente, aproximam-se dos interesses privados e, inevitavelmente, afastam-se dos ideais sociais. Procurou-se analisar os interesses envolvidos na forma de planejar a cidad...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Felipe Comitre, Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2016-03-01
Series:Caminhos de Geografia
Subjects:
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/29494
Description
Summary:A análise desenvolvida promove uma crítica aos projetos e políticas públicas operantes na transformação do espaço urbano que, geralmente, aproximam-se dos interesses privados e, inevitavelmente, afastam-se dos ideais sociais. Procurou-se analisar os interesses envolvidos na forma de planejar a cidade de Santos (SP), sobretudo, as tendências de produção do espaço e suas relações com os aspectos culturais após a criação do programa Alegra Centro em 2003. Assim, tornou-se essencial compreender as mudanças nos modelos de ordenamento das cidades, sua gênese e consequências para a estrutura urbana e seus habitantes. A intenção é revelar como os mecanismos de produção do espaço, advindos do planejamento estratégico, direcionam-se cada vez mais para os interesses do capital, normatizando as particularidades culturais em elementos mercadológicos que fomentam a atratividade por novos investimentos para a cidade. A análise teve o respaldo de levantamentos bibliográficos, documentais e estatísticos do tema, além da execução de trabalhos de campo, permitindo maior aproximação com os principais agentes de produção do espaço em Santos. Verificou-se que a nova governança urbana gerou um novo dinamismo no espaço por meio da implantação de novas estratégias, como os projetos de refuncionalização, que valorizam o patrimônio cultural pelo viés mercadológico, conferindo-lhe novas funções e significados.
ISSN:1678-6343