Bronquiolite aguda: (in)formar para prevenir
Introdução: A Bronquiolite Aguda (BA) é a infeção respiratória baixa mais frequente nos dois primeiros anos de vida. Os cuidados antecipatórios são eficazes na prevenção e deteção precoce de gravidade da doença. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos pais/cuidadores sobre BA e explorar determinantes...
Main Authors: | , , , |
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2020-04-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12436 |
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author | Margarida Cunha Carolina Constant Ana Sofia Mota Teresa Bandeira |
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description | Introdução: A Bronquiolite Aguda (BA) é a infeção respiratória baixa mais frequente nos dois primeiros anos de vida. Os cuidados antecipatórios são eficazes na prevenção e deteção precoce de gravidade da doença.
Objetivos: Avaliar o conhecimento dos pais/cuidadores sobre BA e explorar determinantes desse conhecimento, incluindo fontes de informação e associação com medidas preventivas.
Métodos: Questionário a pais/cuidadores de crianças com idade inferior ou igual a 24 meses entre 1-15 de Abril 2016. Caracterizámos os respondedores e os filhos e o conhecimento auto-percecionado e real sobre BA, experiência anterior, fatores de risco, fontes de informação e conhecimento sobre medidas preventivas. O questionário foi aplicado por estudantes de medicina, em consulta programada, urgência hospitalar e em locais públicos. Análise descritiva e de associação (SPSS 21®).
Resultados: Obtiveram-se 123 questionários completamente preenchidos. Os respondedores foram a mãe 92(74,8%), pai 23(18,7%), outro 8(6,5%), com idade média 33,1±7,9 anos, ensino secundário/superior 100 (81,4%). Dos participantes, 24(19,5%) eram fumadores e 56(46%) das crianças tinham pelo menos um irmão. O conhecimento real sobre BA [52 (42%)] foi menor que o percecionado [89 (72,4%)] verificando-se uma relação entre ambos (p=0,03). O conhecimento real não é influenciado pelo número de irmãos (p=0,539), habilitações literárias (p=0,520), experiência prévia com BA (p=0,059) ou fontes de informação [médico (50,5%), folhetos (5,6%)] (p=0,916), mas influencia o conhecimento sobre medidas preventivas [importância da lavagem das mãos (p=0,001), risco da exposição tabágica durante a gravidez (p=0,047) e após nascimento (p=0,416), efeito protetor do aleitamento materno (p=0,047) e maior risco de contágio em espaços fechados (p=0,029)]. Dos 34 pais/cuidadores com experiência prévia sobre BA, 13 (40,6%) tinham recebido informação prévia ao diagnóstico.
Conclusão: Verificámos que conhecimento sobre BA influencia atitudes preventivas. A informação foi transmitida por médicos em cerca de ½ dos casos. Estes resultados podem guiar a elaboração de campanhas mais eficazes.
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spelling | doaj.art-f8913c0e194f4b25afb868951fda52722024-03-20T14:05:26ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812020-04-0136210.32385/rpmgf.v36i2.12436Bronquiolite aguda: (in)formar para prevenirMargarida Cunha0Carolina Constant1Ana Sofia Mota2Teresa Bandeira3Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa NorteIntrodução à Medicina da Criança, TC IIIb). Faculdade de Medicina da Universidade de LisboaIntrodução à Medicina da Criança, TC IIIb). Faculdade de Medicina da Universidade de LisboaIntrodução à Medicina da Criança, TC IIIb). Faculdade de Medicina da Universidade de LisboaIntrodução: A Bronquiolite Aguda (BA) é a infeção respiratória baixa mais frequente nos dois primeiros anos de vida. Os cuidados antecipatórios são eficazes na prevenção e deteção precoce de gravidade da doença. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos pais/cuidadores sobre BA e explorar determinantes desse conhecimento, incluindo fontes de informação e associação com medidas preventivas. Métodos: Questionário a pais/cuidadores de crianças com idade inferior ou igual a 24 meses entre 1-15 de Abril 2016. Caracterizámos os respondedores e os filhos e o conhecimento auto-percecionado e real sobre BA, experiência anterior, fatores de risco, fontes de informação e conhecimento sobre medidas preventivas. O questionário foi aplicado por estudantes de medicina, em consulta programada, urgência hospitalar e em locais públicos. Análise descritiva e de associação (SPSS 21®). Resultados: Obtiveram-se 123 questionários completamente preenchidos. Os respondedores foram a mãe 92(74,8%), pai 23(18,7%), outro 8(6,5%), com idade média 33,1±7,9 anos, ensino secundário/superior 100 (81,4%). Dos participantes, 24(19,5%) eram fumadores e 56(46%) das crianças tinham pelo menos um irmão. O conhecimento real sobre BA [52 (42%)] foi menor que o percecionado [89 (72,4%)] verificando-se uma relação entre ambos (p=0,03). O conhecimento real não é influenciado pelo número de irmãos (p=0,539), habilitações literárias (p=0,520), experiência prévia com BA (p=0,059) ou fontes de informação [médico (50,5%), folhetos (5,6%)] (p=0,916), mas influencia o conhecimento sobre medidas preventivas [importância da lavagem das mãos (p=0,001), risco da exposição tabágica durante a gravidez (p=0,047) e após nascimento (p=0,416), efeito protetor do aleitamento materno (p=0,047) e maior risco de contágio em espaços fechados (p=0,029)]. Dos 34 pais/cuidadores com experiência prévia sobre BA, 13 (40,6%) tinham recebido informação prévia ao diagnóstico. Conclusão: Verificámos que conhecimento sobre BA influencia atitudes preventivas. A informação foi transmitida por médicos em cerca de ½ dos casos. Estes resultados podem guiar a elaboração de campanhas mais eficazes. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/12436 |
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