METODOLOGIA PARA VERIFICAÇÃO DE VOLUMES DE BACIAS DE REJEITO DE MINERAÇÃO POR GEOPROCESSAMENTO – BARRAGEM DE MARAVILHAS II (QUADRILÁTERO FERRÍFERO-MG)
<p>Após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana-MG, da mineradora Samarco em novembro de 2015, as atenções se voltaram para a necessidade de um melhor conhecimento e controle das demais barragens de rejeito de mineração. Uma das formas de se investigar eventuais irregularidades dessas es...
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União da Geomorfologia Brasileira
2019-10-01
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author | Lourdes Manresa Camargos Paulo César Horta Rodrigues Marcelo Antônio Nero |
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description | <p>Após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana-MG, da mineradora Samarco em novembro de 2015, as atenções se voltaram para a necessidade de um melhor conhecimento e controle das demais barragens de rejeito de mineração. Uma das formas de se investigar eventuais irregularidades dessas estruturas, que se localizam em vales de bacias hidrográficas, é verificar se os volumes declarados pelas mineradoras para as suas bacias de rejeito realmente correspondem às informações prestadas nos respectivos processos de licenciamento ambiental. Em função dos acidentes já ocorridos no Estado de Minas Gerais referentes ao rompimento de barragens de mineração e do potencial de dano ambiental e social resultantes, essa pesquisa teve como objetivo propor uma metodologia para o cálculo independente do volume de rejeitos na barragem Maravilhas II, localizada no município de Itabirito-MG, por meio de análise espaço-temporal, utilizando ferramentas de geoprocessamento e análise geomorfológica. Para isso, foi calculado o volume de rejeito da barragem Maravilhas II através de subtração do MDT de 1977 (antes da construção da barragem) e do MDT atual (2017). O método de cálculo baseado na Grade Regular Retangular, foi considerado mais preciso e, como resultado, obteve-se uma estimativa de 74.366.813 m³ de volume de rejeito inserido na Barragem Maravilhas II. Este resultado mostra que a barragem se encontra em conformidade com a legislação ambiental, que prevê um volume máximo de 76.000.000m³. Concluiu-se que a metodologia pode ser utilizada para estudos semelhantes para o caso de outras barragens, visando maior controle dos volumes de rejeitos das barragens e contribuir para o monitoramento destas, minimizando ou evitando possíveis impactos ambientais, sociais e econômicos causados pela atividade mineradora.</p> |
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