COVID-19 no cárcere

Objetivo: conhecer as vivências de homens privados de liberdade submetidos a isolamento social pós-diagnóstico de COVID-19. Método: pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, em um complexo prisional masculino do Distrito Federal. Participaram 31 reeducandos que estavam em super...

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Bibliographic Details
Main Authors: Raphael Neiva Praça Adjuto, Moema Da Silva Borges
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2024-03-01
Series:REME: Revista Mineira de Enfermagem
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Online Access:https://www.periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/40840
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author Raphael Neiva Praça Adjuto
Moema Da Silva Borges
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description Objetivo: conhecer as vivências de homens privados de liberdade submetidos a isolamento social pós-diagnóstico de COVID-19. Método: pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, em um complexo prisional masculino do Distrito Federal. Participaram 31 reeducandos que estavam em superisolamento, após testagem positiva para COVID-19.  Os dados foram coletados entre junho e julho de 2021, com utilização de dois instrumentos: questionário socioeconômico e roteiro de entrevista semiestruturado. O conteúdo das entrevistas foi analisado com auxílio do software ALCESTE. Resultados: a análise revelou a existência de dois eixos significativos. O primeiro, denominado “Enfrentamento do Superisolamento”, foi formado por três classes nomeadas de reorganização das rotinas, sentido da vida e da morte e a morte de si. O segundo, chamado “Enfrentamento da Doença”, composto por duas categorias denominadas sintomas físicos e emocionais da COVID-19 e informações para manejo da COVID-19. Os discursos permitiram identificar que as atividades físicas e prática religiosa constituíram as principais formas de enfrentamento no período do superisolamento. O impacto nas emoções e sintomas psicológicos foram manifestados com ansiedade, angústia, medo da morte e preocupação com o adoecer da família. Conclusão: o estudo possibilitou conhecer as formas de enfrentamento utilizadas pelos reeducandos durante o superisolamento, além indicar a importância da realização de ações em saúde que promovam a assistência integral das pessoas privadas de liberdade em períodos de surtos de doenças, como foi o caso da pandemia de COVID-19.
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spelling doaj.art-fa2c060a5ce44716a35e2d6745a3163d2024-03-26T16:19:00ZengUniversidade Federal de Minas GeraisREME: Revista Mineira de Enfermagem1415-27622316-93892024-03-0128110.35699/2316-9389.2024.40840COVID-19 no cárcereRaphael Neiva Praça Adjuto0Moema Da Silva Borges1Universidade de Brasília - UnB, Departamento de Enfermagem, Secretaria de Saúde do Distrito Federal - SES/DF. Brasília, DF - Brasil.Universidade de Brasília - UnB, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem. Brasília, DF - Brasil. Objetivo: conhecer as vivências de homens privados de liberdade submetidos a isolamento social pós-diagnóstico de COVID-19. Método: pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa, em um complexo prisional masculino do Distrito Federal. Participaram 31 reeducandos que estavam em superisolamento, após testagem positiva para COVID-19.  Os dados foram coletados entre junho e julho de 2021, com utilização de dois instrumentos: questionário socioeconômico e roteiro de entrevista semiestruturado. O conteúdo das entrevistas foi analisado com auxílio do software ALCESTE. Resultados: a análise revelou a existência de dois eixos significativos. O primeiro, denominado “Enfrentamento do Superisolamento”, foi formado por três classes nomeadas de reorganização das rotinas, sentido da vida e da morte e a morte de si. O segundo, chamado “Enfrentamento da Doença”, composto por duas categorias denominadas sintomas físicos e emocionais da COVID-19 e informações para manejo da COVID-19. Os discursos permitiram identificar que as atividades físicas e prática religiosa constituíram as principais formas de enfrentamento no período do superisolamento. O impacto nas emoções e sintomas psicológicos foram manifestados com ansiedade, angústia, medo da morte e preocupação com o adoecer da família. Conclusão: o estudo possibilitou conhecer as formas de enfrentamento utilizadas pelos reeducandos durante o superisolamento, além indicar a importância da realização de ações em saúde que promovam a assistência integral das pessoas privadas de liberdade em períodos de surtos de doenças, como foi o caso da pandemia de COVID-19. https://www.periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/40840COVID-19Pandemia por COVID-19CárcereIsolamento social
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