O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA
A proposição desse artigo é o de historiar o duplo combate modernizante que se fez presente após o fim da monarquia brasileira, de um lado reformas no ensino com o propósito de intensificar a disciplina militar sobre os corpos forjando uma identidade militar moderna e de outro, revoltas militares d...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
2014-09-01
|
Series: | Contexto & Educação |
Online Access: | https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/531 |
_version_ | 1827987483873247232 |
---|---|
author | Ronaldo Queiroz Morais |
author_facet | Ronaldo Queiroz Morais |
author_sort | Ronaldo Queiroz Morais |
collection | DOAJ |
description |
A proposição desse artigo é o de historiar o duplo combate modernizante que se fez presente após o fim da monarquia brasileira, de um lado reformas no ensino com o propósito de intensificar a disciplina militar sobre os corpos forjando uma identidade militar moderna e de outro, revoltas militares de tom político-militar procurando a partir de ato belicoso acelerar a modernização do país. No Exército vivenciou-se, em um contexto de transição institucional republicana, este duplo combate que – em regra geral - se concentrava nas camadas militares da base da corporação, entre os oficiais subalternos. De forma que os principais atores da modernização militar se bifurcavam entre o tenentismo profissional centrado nas reformas educacionais a fim de modernizar a instituição por meio da burocracia fardada e o tenentismo político que em ato belicoso pressionava as reformas modernizantes na esfera estatal. Efetivamente, a identidade militar moderna foi construída – em larga medida – a partir do tenentismo profissional e político: o primeiro agregou uma mentalidade conservadora e institucional produzindo um militar militarizado alijado da cultura paisana, e o segundo trouxe a ideia de que a “classe militar” – subtraindo as massas – tinha a prerrogativa de agir politicamente sobre o Estado a fim de assegurar o curso acelerado da modernização do país fazendo da política civil política militar.
|
first_indexed | 2024-04-09T23:48:43Z |
format | Article |
id | doaj.art-faa72cda7925449faae017768143769a |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0102-8758 2179-1309 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-09T23:48:43Z |
publishDate | 2014-09-01 |
publisher | Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul |
record_format | Article |
series | Contexto & Educação |
spelling | doaj.art-faa72cda7925449faae017768143769a2023-03-17T20:31:13ZengUniversidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do SulContexto & Educação0102-87582179-13092014-09-01289110.21527/2179-1309.2013.91.149-176O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICARonaldo Queiroz Morais0Docente de História do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) e Professor Convidado da Pós-Graduação da Faculdade Porto-Alegrense (FAPA). A proposição desse artigo é o de historiar o duplo combate modernizante que se fez presente após o fim da monarquia brasileira, de um lado reformas no ensino com o propósito de intensificar a disciplina militar sobre os corpos forjando uma identidade militar moderna e de outro, revoltas militares de tom político-militar procurando a partir de ato belicoso acelerar a modernização do país. No Exército vivenciou-se, em um contexto de transição institucional republicana, este duplo combate que – em regra geral - se concentrava nas camadas militares da base da corporação, entre os oficiais subalternos. De forma que os principais atores da modernização militar se bifurcavam entre o tenentismo profissional centrado nas reformas educacionais a fim de modernizar a instituição por meio da burocracia fardada e o tenentismo político que em ato belicoso pressionava as reformas modernizantes na esfera estatal. Efetivamente, a identidade militar moderna foi construída – em larga medida – a partir do tenentismo profissional e político: o primeiro agregou uma mentalidade conservadora e institucional produzindo um militar militarizado alijado da cultura paisana, e o segundo trouxe a ideia de que a “classe militar” – subtraindo as massas – tinha a prerrogativa de agir politicamente sobre o Estado a fim de assegurar o curso acelerado da modernização do país fazendo da política civil política militar. https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/531 |
spellingShingle | Ronaldo Queiroz Morais O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA Contexto & Educação |
title | O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA |
title_full | O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA |
title_fullStr | O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA |
title_full_unstemmed | O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA |
title_short | O ESTRONDO DA MODERNIDADE NO EXÉRCITO: AS REFORMAS CURRICULARES E AS REVOLTAS MILITARES NA PRIMEIRA REPÚBLICA |
title_sort | o estrondo da modernidade no exercito as reformas curriculares e as revoltas militares na primeira republica |
url | https://revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/531 |
work_keys_str_mv | AT ronaldoqueirozmorais oestrondodamodernidadenoexercitoasreformascurriculareseasrevoltasmilitaresnaprimeirarepublica |