Summary: | O presente artigo busca fazer uma genealogia irônica do quadrinho brasileiro a partir do questionamento de sua origem e da invenção do contramito Chiquinho, isto é, Buster Brown, personagem criado por Richard F. Outcault e predado pela revista brasileira O Tico-Tico. Diferentemente de um regime identitário, observar-se-á na experiência dos quadrinhos do Brasil uma subjetividade antropofágica (Oswald de Andrade), ou antes, uma grandeza intensiva protossubjetiva e pré-individual, corpo sem órgãos (Deleuze, Guattari). Procurando atestar a hipótese, a análise irá se deter no quadrinho brasileiro contemporâneo, mais especificamente em Burroughs, de João Pinheiro. Com isso, espera-se contribuir para uma historiografia contraidentitária das histórias em quadrinhos brasileiras.
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