Summary: | A epidemia da Covid-19 evidenciou as duras condições de vida de boa parte da população das metrópoles brasileiras, pelo viés da falta de acesso regular de muitos domicílios aos serviços urbanos mais elementares, como a água tratada, rede coletora de esgoto e infraestrutura habitacional, o que é considerado pelas organizações de saúde como elementos básicos e essenciais no enfrentamento a Covid-19. Neste artigo aborda-se: (i) as questões do desabastecimento de água nas aglomerações subnormais em meio à pandemia diante da necessidade de se assegurar a segurança hídrica como uma ferramenta essencial a vida e ao combate da Covid-19. (ii) como os aspectos excludentes da urbanização, vide a diferenciação de condições que as populações tiveram para se proteger e enfrentar o Coronavírus. Expressões como: “fique em casa”, “lave as mãos com frequência” e “mantenha distanciamento”, (não) se efetiva a depender da realidade que é vivida. A metodologia utilizada consistiu em uma revisão bibliográfica a partir de periódicos científicos e o uso de matérias de jornais. Em vias finais deste artigo, concluímos que alguns dos elementos básicos para o enfretamento da Covid-19, como a segurança hídrica e a efetivação dos direitos básicos sociais são resultados dentro do ponto de vista socioespacial da diferenciação na perspectiva do direito à cidade.
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