O que é a enxaqueca crónica? – Princípios fisiopatológicos e abordagem terapêutica
Definida como uma cefaleia em que a dor ocorre em 15 ou mais dias por mês, durante mais de três meses, sendo que, em pelo menos oito dias por mês, a dor assume caraterísticas de enxaqueca, com ou sem aura, a enxaqueca crónica é considerada uma entidade clínica de abordagem terapêutica muito desafian...
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Permanyer
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description | Definida como uma cefaleia em que a dor ocorre em 15 ou mais dias por mês, durante mais de três meses, sendo que, em pelo menos oito dias por mês, a dor assume caraterísticas de enxaqueca, com ou sem aura, a enxaqueca crónica é considerada uma entidade clínica de abordagem terapêutica muito desafiante. A sua fisiopatologia ainda não é totalmente conhecida, mas os mecanismos de sensibilização periférica e central à dor, assim como a suscetibilidade do próprio doente à utilização excessiva de medicação assumem-se como aspetos de difícil gestão farmacológica, tornando a abordagem clínica desta situação verdadeiramente carente de inovação. Nos últimos anos, o desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento da enxaqueca, nomeadamente de anticorpos monoclonais dirigidos contra o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP) ou o seu recetor, modificaram profundamente a amplitude do arsenal terapêutico para esta condição clínica. Neste trabalho, faz-se uma revisão narrativa dos aspetos fisiopatológicos que subjazem ao diagnóstico de uma enxaqueca crónica, neles alicerçando o conhecimento que permite depois discutir a respetiva terapêutica, à luz do conhecimento atual.
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spelling | doaj.art-fbaa3965c6124517a93b57189cb8803d2023-01-09T19:34:01ZengPermanyerRevista Dor1647-32992022-01-0129110.24875/DOR.22000007O que é a enxaqueca crónica? – Princípios fisiopatológicos e abordagem terapêuticaRenato Oliveira0Filipe Palavra1Raquel Gil-Gouveia2Serviço de Neurologia. Hospital da Luz Lisboa, Lisboa; Centro de Cefaleias do Hospital da Luz Lisboa, Lisboa; PortugalCentro de Desenvolvimento da Criança – Neuropediatria, Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra; Instituto de Investigação Clínica e Biomédica de Coimbra (iCBR) e Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra; PortugalServiço de Neurologia. Hospital da Luz Lisboa, Lisboa; Centro de Cefaleias do Hospital da Luz Lisboa, Lisboa; Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde, Universidade Católica Portuguesa, Lisboa. PortugalDefinida como uma cefaleia em que a dor ocorre em 15 ou mais dias por mês, durante mais de três meses, sendo que, em pelo menos oito dias por mês, a dor assume caraterísticas de enxaqueca, com ou sem aura, a enxaqueca crónica é considerada uma entidade clínica de abordagem terapêutica muito desafiante. A sua fisiopatologia ainda não é totalmente conhecida, mas os mecanismos de sensibilização periférica e central à dor, assim como a suscetibilidade do próprio doente à utilização excessiva de medicação assumem-se como aspetos de difícil gestão farmacológica, tornando a abordagem clínica desta situação verdadeiramente carente de inovação. Nos últimos anos, o desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento da enxaqueca, nomeadamente de anticorpos monoclonais dirigidos contra o peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP) ou o seu recetor, modificaram profundamente a amplitude do arsenal terapêutico para esta condição clínica. Neste trabalho, faz-se uma revisão narrativa dos aspetos fisiopatológicos que subjazem ao diagnóstico de uma enxaqueca crónica, neles alicerçando o conhecimento que permite depois discutir a respetiva terapêutica, à luz do conhecimento atual. https://www.dor.pt/frame_esp.php?id=47Cefaleia. Enxaqueca. Enxaqueca crónica. CGRP. |
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