Adoecimento mental dos médicos na pandemia do COVID-19

Introdução: A pandemia por COVID-19 exacerbou a angústia existencial em relação a morte. A insegurança e incerteza relacionadas aos limites da ciência, devido à falta de consenso científico sobre essa nova doença, convocam a necessidade de investigar, refletir e revisar as informações sobre problem...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro, Arthur Hirschfeld Danila, Eduardo de Castro Humes, Sergio Pedro Baldassin, Antonio Geraldo da Silva, Edméa Fontes de Oliva-Costa
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 2021-09-01
Series:Debates em Psiquiatria
Subjects:
Online Access:https://revistardp.org.br/revista/article/view/57
Description
Summary:Introdução: A pandemia por COVID-19 exacerbou a angústia existencial em relação a morte. A insegurança e incerteza relacionadas aos limites da ciência, devido à falta de consenso científico sobre essa nova doença, convocam a necessidade de investigar, refletir e revisar as informações sobre problemas de saúde mental vinculados ao trabalho médico, especialmente para os que estão na linha de frente da assistência a pessoas com COVID-19, bem como discutir o estigma relacionado ao sofrimento psíquico desta população, em especial nesta pandemia, e identificar precocemente possíveis adoecimentos psíquicos e facilitar à busca imediata de assistência em saúde mental. Métodos: revisão narrativa visando discutir o estado da arte e atualização do conhecimento sobre o adoecimento psíquico dos médicos na pandemia do COVID-19. Discussão: A literatura aponta que discentes, residentes, docentes e profissionais da Medicina apresentam importantes prevalências de Transtorno Mental Comum, Sintomas Depressivos, Burnout e Suicídio. A pandemia de COVID-19 apresenta um risco de aumento de prevalência de transtornos mentais, comumente referida como quarta onda da pandemia, associada a elementos biopsicossociais do período de quarentena e priorização dos cuidados físicos em detrimento dos psíquicos. Conclusões: Instituições de saúde devem realizar uma reflexão profunda sobre o seu papel na promoção, manutenção e a criação de atividades e de programas de prevenção do sofrimento psíquico ou transtornos mentais identificados nos profissionais médicos que lá atuam. Estas contribuirão para o planejamento de melhores estratégias que preservem a saúde mental destes com consequências positivas na sociedade como um todo.
ISSN:2236-918X
2763-9037