Conservadorismo condicional e adoção das IFRS: uma análise nas empresas brasileiras de capital aberto
Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar se a adoção das IFRS pelas companhias abertas brasileiras contribuiu para aumentar a qualidade da informação contábil, pela ótica do conservadorismo condicional. Embora confundido com a neutralidade, o conservadorismo na mensuração dos resultados é a...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2018-09-01
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Series: | Enfoque |
Online Access: | https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/35390 |
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author | Lucas Marques Sousa Lívia Arruda Castro Dante Baiardo Cavalcante Viana Júnior Sylvia Rejane Magalhães Domingos Vera Maria Rodrigues Ponte |
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description | Esta pesquisa teve como objetivo geral investigar se a adoção das IFRS pelas companhias abertas brasileiras contribuiu para aumentar a qualidade da informação contábil, pela ótica do conservadorismo condicional. Embora confundido com a neutralidade, o conservadorismo na mensuração dos resultados é amplamente reconhecido como atributo de qualidade da informação contábil, já que implica a tendência de reconhecimento assimétrico entre boas e más notícias pelos preparadores da informação (BASU, 1997). Ou seja, os lucros refletem as más notícias (perdas) mais rapidamente que as boas notícias (ganhos), indicando menor probabilidade de manipulação dos resultados pelos gestores para maximizar seu desempenho financeiro. Para tanto, foi utilizado o modelo de Ball e Shivakumar (2005), em uma amostra de 164 empresas não financeiras de capital aberto listadas na BM&FBovespa durante o período de 2002 a 2015, abrangendo intervalos anterior e posterior à adoção, para se verificar se houve crescimento dos níveis de conservadorismo condicional que pudesse ser atribuído à adoção das IFRS. Os resultados evidenciaram que durante todo o período analisado foi identificada a presença do conservadorismo condicional, revelando um tratamento de antecipação de despesas e postergação de receitas pelos preparadores da informação contábil. Esses resultados, por si sós, implicam a presença de conservadorismo condicional em períodos anteriores e posteriores à adoção das IFRS. Entretanto, quando comparados os níveis de conservadorismo nas duas ocasiões, os resultados revelaram que o conservadorismo diminuiu após a adoção das IFRS. Assim,com base nos resultados deste estudo, pela óptica do conservadorismo condicional, rejeita-se a premissa de que as IFRS trouxeram mais qualidade para a contabilidade brasileira. |
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publisher | Universidade Estadual de Maringá |
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spelling | doaj.art-fc1abb13f19c4fb58fa2e194ee664dd92022-12-22T01:19:12ZporUniversidade Estadual de MaringáEnfoque1984-882X2018-09-0137310.4025/enfoque.v37i3.35390Conservadorismo condicional e adoção das IFRS: uma análise nas empresas brasileiras de capital abertoLucas Marques Sousa0Lívia Arruda Castro1Dante Baiardo Cavalcante Viana Júnior2Sylvia Rejane Magalhães Domingos3Vera Maria Rodrigues Ponte4Universidade Federal do CearáUniversidade Federal do CearáUniversidade Federal do CearáUniversidade Federal do CearáUniversidade Federal do CearáEsta pesquisa teve como objetivo geral investigar se a adoção das IFRS pelas companhias abertas brasileiras contribuiu para aumentar a qualidade da informação contábil, pela ótica do conservadorismo condicional. Embora confundido com a neutralidade, o conservadorismo na mensuração dos resultados é amplamente reconhecido como atributo de qualidade da informação contábil, já que implica a tendência de reconhecimento assimétrico entre boas e más notícias pelos preparadores da informação (BASU, 1997). Ou seja, os lucros refletem as más notícias (perdas) mais rapidamente que as boas notícias (ganhos), indicando menor probabilidade de manipulação dos resultados pelos gestores para maximizar seu desempenho financeiro. Para tanto, foi utilizado o modelo de Ball e Shivakumar (2005), em uma amostra de 164 empresas não financeiras de capital aberto listadas na BM&FBovespa durante o período de 2002 a 2015, abrangendo intervalos anterior e posterior à adoção, para se verificar se houve crescimento dos níveis de conservadorismo condicional que pudesse ser atribuído à adoção das IFRS. Os resultados evidenciaram que durante todo o período analisado foi identificada a presença do conservadorismo condicional, revelando um tratamento de antecipação de despesas e postergação de receitas pelos preparadores da informação contábil. Esses resultados, por si sós, implicam a presença de conservadorismo condicional em períodos anteriores e posteriores à adoção das IFRS. Entretanto, quando comparados os níveis de conservadorismo nas duas ocasiões, os resultados revelaram que o conservadorismo diminuiu após a adoção das IFRS. Assim,com base nos resultados deste estudo, pela óptica do conservadorismo condicional, rejeita-se a premissa de que as IFRS trouxeram mais qualidade para a contabilidade brasileira.https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Enfoque/article/view/35390 |
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