| Summary: | Meu objetivo com este artigo é destacar o caráter único da coleção de sarcófagos e estátuas romanos reutilizados em Madīnat al-Zahrā’, a cidade fundada pelo califa 'Abd al-Raḥmān III perto de Córdoba no ano 940 d.C., assim como esclarecer o significado e a finalidade que essas peças tinham no mundo islâmico e andaluz. Com base em fontes escritas e evidências arqueológicas disponíveis, este artigo aponta que esculturas antigas teriam sido consideradas "maravilhas" e "curiosidades", e ressignificadas de acordo com a tradição islâmica. Como exemplum e spolia, essas peças foram integradas na cidade palatina, transmitindo narrativas de poder, memória e identidade, e ocupando um lugar de destaque no projeto de legitimação política e religiosa dos omíadas em al-Andalus.
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