Summary: | As políticas de ações afirmativas assumiram diversas formas em diferentes países, mas quase sempre ocasionaram debates e suscitaram posicionamentos diversos na sociedade. No Brasil esse tipo de política é marcado, principalmente, pelo sistema de cotas ou reserva de vagas em concursos e processos seletivos para determinadas minorias. Esse trabalho se enquadra dentro da psicologia social, tendo enfoque no campo teórico das representações sociais. Seu objetivo consiste em entender de que forma o pensamento social de estudantes cotistas e não cotistas se constituem em relação ao sistema de cotas para ingresso na universidade. Para alcançar esse objetivo foi aplicado um questionário, que continha questões em formato de evocação livre com o termo indutor “cotas” e questões em formato de itens de Likert com vistas a averiguar o posicionamento dos sujeitos em relação a diferentes tipos de cotas. Esse instrumento foi aplicado em 135 estudantes da Universidade XX, sendo 63 cotistas e 72 não cotistas. As análises desses dados foram feitas através das técnicas da análise prototípica e de similitude. Quando comparados, os grupos de cotistas e não cotistas, é possível notar acentuada diferença entre as suas representações sociais e seu campo atitudinal, o que pode justificar o aparecimento de argumentos diversos e contrários na sociedade sobre as cotas.
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