Summary: | A literatura tem servido de fonte de adaptação para a produção de filmes há muito tempo. As séries, como “irmãs menores” dos filmes, como os filmes lado B, têm bebido da mesma fonte quando retomam textos literários, clássicos ou não, para suas produções ao longo do tempo, bem como o fazem na contemporaneidade. Essas produções podem apresentar um viés historicizado trazendo a obra para uma significação atualizada, que faça sentido no contexto de recepção, ou não. Apesar de os clássicos serem vistos como garantia de boa recepção, a sua produção massiva para corresponder às necessidades da distribuição por streaming, tem direcionado os novos trabalhos para as mais diferentes concepções. Não nos cabendo um julgamento de valor desses trabalhos, mas sim de análise, a partir das considerações de Balogh (2002) sobre as séries; de Ubersfeld (2002) sobre a historicização necessária para a ressignificação; de Rajewsky (2012) em sua concepção de intermidialidade em sentido restrito, dentre outros teóricos, teremos como objetivo o reconhecimento de como a série Hollow Crown (BBC, 2012 e 2016) se posiciona de acordo com a concepção do produtor, a realização da série e a formatação do texto frente às considerações teórico-analíticas pertinentes.
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