Aprendizagem e representação. Os antropólogos e as aprendizagens

ResumoSeguindo Boas, muitos antropólogos consideram que os processos de aprendizagem não dizem respeito à sua disciplina e temem que essa temática seja atualmente utilizada pelos cognitivistas para anexar a antropologia à sua psicologia inatista. Depois mostrar que o modelo chomskyano interioriza co...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alain Pierrot
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2015-12-01
Series:Horizontes Antropológicos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832015000200049&lng=en&tlng=en
Description
Summary:ResumoSeguindo Boas, muitos antropólogos consideram que os processos de aprendizagem não dizem respeito à sua disciplina e temem que essa temática seja atualmente utilizada pelos cognitivistas para anexar a antropologia à sua psicologia inatista. Depois mostrar que o modelo chomskyano interioriza contraditoriamente o esquema escolar da gramática escrita e que, reduzindo a aprendizagem a seu único “despertar” de representações internas, ele não reconhece, de fato, qualquer pertinência com as atividades reais de aprendizagem; este artigo se concentra nas modalidades de aprendizagem de duas atividades de representação gráfica: a escrita e o desenho. Historicamente, parece que a escrita foi sistemática e violentamente transmitida por domesticação e que o desenho pôde ser proibido, mas não transmitido desse modo porque ele constitui uma maneira de ser globalmente autônoma como toda verdadeira aprendizagem. O desenho é sempre bem mais que uma representação mental pelo fato mesmo que a interação com a presença efetiva das representações produzidas é constantemente exigida.
ISSN:1806-9983