Pesquisa ação e possibilidades de interculturalidade crítica e decolonização da prática acadêmica: comunidade Kanhgág (Kaingang) Por Fi Ga /RS/Brasil
Este trabalho traz relatos de experiência sobre as possibilidades de decolonialidade acadêmica advindas de pesquisas universitárias, desde que, sob perspectivas interculturais críticas, que questionem as estruturas vigentes. Entende-se a decolonialidade acadêmica como processos em que a Universidad...
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Published: |
Universidade do Estado de Santa Catarina
2021-05-01
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Este trabalho traz relatos de experiência sobre as possibilidades de decolonialidade acadêmica advindas de pesquisas universitárias, desde que, sob perspectivas interculturais críticas, que questionem as estruturas vigentes. Entende-se a decolonialidade acadêmica como processos em que a Universidade e suas instâncias podem auxiliar e legitimar as ações e formações comunitárias autônomas, divergindo da maneira usual de como são estabelecidas as questões indígenas no interior das Universidades, geralmente sem a participação das comunidades, como objetos de estudo ou participantes esporádicos de eventos não remunerados. A partir do método da Pesquisa Ação, selecionamos uma demanda comunitária a ser resolvida pela pesquisa que resultou em Dissertação de Ciências Sociais. Como resultados desse estudo, coloca-se que é fato que, desde a promulgação de leis que obrigam as instituições a ministrarem em seus cursos temáticas que reflitam as versões indígenas sobre a história do país (Lei 11.645/08), tem havido um crescimento na visibilidade desses agentes e seus temas. Porém, são ações ainda teóricas ou com práticas isoladas, de professores e alunos, sem a participação efetiva da comunidade Por Fi Ga, configurando assim, uma interculturalidade funcional, conveniente ao Estado, que somente “encaixa” os agentes e temas em uma estrutura desigual já vigente. Acredita-se que os potenciais decoloniais da academia, residem na relação de respeito e reciprocidade entre seus funcionários, as pesquisas e a localidade, nesse caso, a comunidade Kanhgág Por Fi Ga. É preciso que a academia abra-se a aprender outras epistemologias, construindo espaços que realmente funcionem a partir da própria comunidade, valorizando o conhecimento a partir dos moradores.
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