Summary: | O circo tem forma diversas de organização e se configura, atualmente, como uma manifestação artística plural e que soube se adaptar às exigências da contemporaneidade. Muitas companhias têm na família elemento central, na itinerância um modo de vida, e na criança a garantia de sobrevivência. Em certo contexto, no entanto, parece que as relações intergeracionais deixaram de ser as principais responsáveis pela sobrevivência do circo e começaram a surgir instituições escolares específicas para a formação de artistas, como é o caso da Escola Nacional de Circo (ENC). As políticas para a educação e a cultura da década de 1970 no Brasil passaram a investir na formação de pessoal técnico e no direcionamento das ações culturais, minimizando a repressão dos anos de chumbo. Este texto teve o objetivo de analisar as relações entre o Circo, a educação, a cultura e o Estado brasileiro das décadas de 1970/80 que condicionaram a criação da ENC, instituição estatal e primeira do tipo na América Latina.
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