A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E TACROLIMUS APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO
Introdução: O transplante de fígado melhorou consideravelmente a sobrevivência em pacientes com doença hepática em estágio final. Mas, continua sendo um desafio alcançar a terapia imunossupressora ideal, evitando complicações precoces e a insuficiência renal. Objetivo: Avaliar o nível sérico de tac...
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
2013-01-01
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Series: | Brazilian Journal of Transplantation |
Subjects: | |
Online Access: | https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/155 |
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author | Lucas Souto Nacif André Ibrahim David Marcio Augusto Diniz Alessandra Crescenzi Wellington Andraus Rafael Soares Pinheiro Ruy Jorge Cruz Luiz Carneiro D’Albuquerque |
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Introdução: O transplante de fígado melhorou consideravelmente a sobrevivência em pacientes com doença hepática em estágio final. Mas, continua sendo um desafio alcançar a terapia imunossupressora ideal, evitando complicações precoces e a insuficiência renal. Objetivo: Avaliar o nível sérico de tacrolimus com insuficiência renal aguda precoce após transplante de fígado, nos primeiros 30 dias de internação ou até a alta. Método: Foram estudados dados clínicos e laboratoriais dos pacientes submetidos a transplante de fígado, a partir de outubro de 2011 até fevereiro de 2013. Foram excluídos casos com doador vivo, hepatite aguda grave, fígado bipartido, uso de outros imunossupressores além da rotina (tacrolimus e prednisona), muito grave e que tenha morrido antes de 30 dias. A análise estatística foi realizada utilizando medidas descritivas (média±desvio padrão) das variáveis: níveis séricos de tacrolimus (ng/ml), taxa de filtração glomerular (TFG) (ml/min) e creatinina (mg/dl). Comparação das variáveis pela análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas pelo programa estatístico não paramétrico em R, versão 2.15.1. Significância estatística com p<0,05. Resultado: Alta prevalência de pacientes do sexo masculino (68,18%). A idade média dos pacientes foi de 52,43 (±12,33) e mediana de 55,5 (variação, 19-71 anos). O tempo médio de internação foi de 16,1 ± 9,32 dias. A causa principal para o transplante foi cirrose pelo vírus da hepatite C (47,7%). A média do escore MELD foi de 26,18 ± 4,28. A análise dos gráficos ao longo do tempo mostrou uma correlação significativa entre o valor sérico do tacrolimus, com a deterioração da taxa de filtração glomerular bem como da creatinina sérica. Na análise comparativa, observou-se diferença estatística em relação aos níveis séricos de tacrolimus e infecção (p=0,0391) e em relação ao tempo (p=0,0001). Notamos que na população estudada, 11,37 % dos casos apresentaram rejeição celular aguda e 36,37% dos casos, infecção. Conclusão: O nível sérico de tacrolimus, quando superior a 10 ng/ml, apresenta deterioração da taxa de função renal.
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spelling | doaj.art-fdaa8a2c2fd249ccbed3d35b8cc7e19b2022-12-22T01:24:13ZengAssociação Brasileira de Transplante de ÓrgãosBrazilian Journal of Transplantation2764-15892013-01-0116110.53855/bjt.v16i1.155A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E TACROLIMUS APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICOLucas Souto Nacif0André Ibrahim David1Marcio Augusto Diniz2Alessandra Crescenzi3Wellington Andraus4Rafael Soares Pinheiro5Ruy Jorge Cruz6Luiz Carneiro D’Albuquerque7Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil.Universidade de São Paulo - Faculdade de Medicina - Departamento de Gastroenterologia - São Paulo/SP - Brasil. Introdução: O transplante de fígado melhorou consideravelmente a sobrevivência em pacientes com doença hepática em estágio final. Mas, continua sendo um desafio alcançar a terapia imunossupressora ideal, evitando complicações precoces e a insuficiência renal. Objetivo: Avaliar o nível sérico de tacrolimus com insuficiência renal aguda precoce após transplante de fígado, nos primeiros 30 dias de internação ou até a alta. Método: Foram estudados dados clínicos e laboratoriais dos pacientes submetidos a transplante de fígado, a partir de outubro de 2011 até fevereiro de 2013. Foram excluídos casos com doador vivo, hepatite aguda grave, fígado bipartido, uso de outros imunossupressores além da rotina (tacrolimus e prednisona), muito grave e que tenha morrido antes de 30 dias. A análise estatística foi realizada utilizando medidas descritivas (média±desvio padrão) das variáveis: níveis séricos de tacrolimus (ng/ml), taxa de filtração glomerular (TFG) (ml/min) e creatinina (mg/dl). Comparação das variáveis pela análise de variância (ANOVA) com medidas repetidas pelo programa estatístico não paramétrico em R, versão 2.15.1. Significância estatística com p<0,05. Resultado: Alta prevalência de pacientes do sexo masculino (68,18%). A idade média dos pacientes foi de 52,43 (±12,33) e mediana de 55,5 (variação, 19-71 anos). O tempo médio de internação foi de 16,1 ± 9,32 dias. A causa principal para o transplante foi cirrose pelo vírus da hepatite C (47,7%). A média do escore MELD foi de 26,18 ± 4,28. A análise dos gráficos ao longo do tempo mostrou uma correlação significativa entre o valor sérico do tacrolimus, com a deterioração da taxa de filtração glomerular bem como da creatinina sérica. Na análise comparativa, observou-se diferença estatística em relação aos níveis séricos de tacrolimus e infecção (p=0,0391) e em relação ao tempo (p=0,0001). Notamos que na população estudada, 11,37 % dos casos apresentaram rejeição celular aguda e 36,37% dos casos, infecção. Conclusão: O nível sérico de tacrolimus, quando superior a 10 ng/ml, apresenta deterioração da taxa de função renal. https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/155Transplante HepáticoInsuficiência RenalTacrolimo |
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