<b>A educação impossível</b>
Por que interessaria à educação um conceito tão ambíguo como o é o de imaginário, que muitas vezes mal se distingue de seu misterioso correlato – a imaginação? Na obra de Cornelius Castoriadis, o imaginário ganha a acepção de poder radical de criação da sociedade, realizada por um coletivo sempre an...
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Universidade Federal de Santa Maria
2009-12-01
|
Series: | Educação (UFSM) |
Online Access: | https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/1609 |
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description | Por que interessaria à educação um conceito tão ambíguo como o é o de imaginário, que muitas vezes mal se distingue de seu misterioso correlato – a imaginação? Na obra de Cornelius Castoriadis, o imaginário ganha a acepção de poder radical de criação da sociedade, realizada por um coletivo sempre anônimo; quanto à imaginação, o termo é reservado para o poder igualmente radical, que designa a atividade de auto constituição do sujeito. Eis, pois, a boa razão que a obra do filósofo nos oferece para adotar tais conceitos: a exigência de pensar a educação sob o signo da criação humana. Nisso consiste, afinal, a tarefa impossível da educação: contribuir para a ressurgência do projeto de autonomia individual e coletiva, isso é, para o renascimento da vontade de liberdade. Nesses tempos de perda de sentido, se, de fato, pretendemos ainda lutar pela transformação da sociedade, por instituições verdadeiramente democráticas, não podemos deixar de lado a luta por uma educação orientada para a autonomia.
Palavras-chave: Autonomia. Criação. Educação impossível. Crise do imagi-nário. |
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