Aplicação do Índice Relação Declividade-Extensão - RDE na Bacia do Rio do Peixe (SP) para Detecção de Deformações Neotectônicas

Este trabalho apresenta a aplicação do índice RDE (Relação Declividade-Extensão) para a identificação de regiões sujeitasa deformações tectônicas ao longo da bacia hidrográfica do Rio do Peixe, região ocidental paulista. Parte-se da premissa de queos cursos d’água representam os elementos mais aprop...

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Main Authors: Mario Lincoln Etchebehere, Antonio Roberto Saad, Vicente José Fulfaro, José Alexandre de Jesus Perinotto
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2004-10-01
Series:Geologia USP. Série Científica
Subjects:
Online Access:http://ppegeo-local.igc.usp.br/pdf/guspsc/v4n2/04.pdf
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Antonio Roberto Saad
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description Este trabalho apresenta a aplicação do índice RDE (Relação Declividade-Extensão) para a identificação de regiões sujeitasa deformações tectônicas ao longo da bacia hidrográfica do Rio do Peixe, região ocidental paulista. Parte-se da premissa de queos cursos d’água representam os elementos mais apropriados para este tipo de análise por se ajustarem rapidamente adeformações crustais, mesmo àquelas muito sutis, gerando modificações perceptíveis em seus parâmetros morfométricos.Técnicas como esta são particularmente úteis em áreas como o oeste paulista, caracterizadas por apresentarem relevo suavee profundo intemperismo químico, que resultam espessos regolitos e raros afloramentos. O índice RDE é calculado comosendo a razão entre a amplitude altimétrica de cada curso d’água e o logaritmo natural de sua extensão. Os valores obtidospodem ser plotados em mapa (no ponto mediano de cada drenagem), possibilitando o traçado de linhas de isovalores (isodefs).No caso do vale do Rio do Peixe, foram delineadas três principais anomalias (A, B e C), que representam áreas em processode soerguimento, o que condiciona reflexos na formação e distribuição dos depósitos neoquaternários como os terraços,aluviões atuais e, possivelmente, leques aluviais hodiernos. Com base nos dados tectônicos disponíveis para esta região,pode-se atrelar as anomalias A e B respectivamente às suturas crustais Ribeirão Preto e Presidente Prudente; a anomalia C, demenor porte, ainda carece de maiores informações de campo, podendo estar associada com a sutura crustal Três Lagoas. Valelembrar que estas suturas são feições herdadas do embasamento pré-cambriano, e que apresentam reflexos em toda a pilhasedimentar e ígnea da Bacia do Paraná, como também no traçado de lineamentos, sendo sugestivas da atuação de uma tectônicade caráter ressurgente.
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