AVALIAÇÃO DOS AGENTES ETIOLÓGICOS VIRAIS DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: FREQUÊNCIA E APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Introdução: As infecções respiratórias são a principal causa de internação pediátrica no Brasil. A gravidade dos quadros clínicos é variável e a morbidade pode ser resultado direto do agente etiológico, secundária à exacerbação de condições de base ou de possíveis complicações. O conhecimento dos pr...
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2022-09-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022002616 |
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author | Amanda Silverio Ferrari Marcelo Vivolo Aun Renata Rodrigues Cocco André Mario Doi Bruna Gonçalves Guatimosim Vitoria Fernandes Alves |
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description | Introdução: As infecções respiratórias são a principal causa de internação pediátrica no Brasil. A gravidade dos quadros clínicos é variável e a morbidade pode ser resultado direto do agente etiológico, secundária à exacerbação de condições de base ou de possíveis complicações. O conhecimento dos principais patógenos envolvidos nestes quadros pode nos fornecer ferramentas importantes para o melhor entendimento das patologias e a intervenção de medidas preventivas. Objetivo: Avaliar a frequência e distribuição dos vírus respiratórios em crianças entre 0-10 anos acometidas por sintomas agudos sugestivos de infecção respiratória em unidades de emergência, bem como o quadro clínico, comorbidades, exames realizados e tratamento proposto a esses pacientes. Método: Análise retrospectiva de prontuários de crianças atendidas de janeiro/2017 a junho/2020 nas unidades de emergência do Hospital Israelita Albert Einstein e que tiveram resultados positivos para algum vírus do painel de PCR multiplex de patógenos da via aérea superior, que ainda não incluía o SARS-CoV2 (causador da COVID-19), colhidos por swab nasofaríngeo. Resultados: Foram analisados 404 casos, média de idade de 31 meses, sendo 58% do sexo masculino. O patógeno mais prevalente foi Rinovírus/Enterovírus (45,3%), seguido por VSR (17,2%) e Adenovírus (14,9%). Apenas 24% possuíam alguma comorbidade como sibilância prévia, cardiopatia ou asma. Os principais sintomas referidos durante o atendimento no Pronto Atendimento foram febre (78%), tosse (73%) e coriza (45%). Taquicardia e dispneia foram alterações de exame físico constatadas em 47% e 25% dos casos, respectivamente. Foi realizado RX de tórax em 58,5% dos casos, sendo a imagem considerada normal pelo médico em 29% dos casos. Apenas 12% dos pacientes necessitaram hospitalização, sendo 7% em UTI. Nenhuma criança necessitou de intubação e não houve nenhum óbito. Na alta, 36% receberam prescrição de broncodilatador, 32% de antibiótico e 18% de corticóide sistêmico. Conclusão: O patógeno mais prevalente foi o Rinovírus/Enterovírus. A grande maioria dos quadros foi leve e de tratamento ambulatorial. Embora fossem todas infecções virais, quase um terço dos pacientes recebeu antibioticoterapia como tratamento. |
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spelling | doaj.art-fe525935f2ae4bf6a9055a055ad5983d2022-12-22T01:44:17ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702022-09-0126102574AVALIAÇÃO DOS AGENTES ETIOLÓGICOS VIRAIS DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: FREQUÊNCIA E APRESENTAÇÃO CLÍNICAAmanda Silverio Ferrari0Marcelo Vivolo Aun1Renata Rodrigues Cocco2André Mario Doi3Bruna Gonçalves Guatimosim4Vitoria Fernandes Alves5Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilHospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilHospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilHospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilHospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilHospital Israelita Albert Einstein (HIAE), São Paulo, SP, BrasilIntrodução: As infecções respiratórias são a principal causa de internação pediátrica no Brasil. A gravidade dos quadros clínicos é variável e a morbidade pode ser resultado direto do agente etiológico, secundária à exacerbação de condições de base ou de possíveis complicações. O conhecimento dos principais patógenos envolvidos nestes quadros pode nos fornecer ferramentas importantes para o melhor entendimento das patologias e a intervenção de medidas preventivas. Objetivo: Avaliar a frequência e distribuição dos vírus respiratórios em crianças entre 0-10 anos acometidas por sintomas agudos sugestivos de infecção respiratória em unidades de emergência, bem como o quadro clínico, comorbidades, exames realizados e tratamento proposto a esses pacientes. Método: Análise retrospectiva de prontuários de crianças atendidas de janeiro/2017 a junho/2020 nas unidades de emergência do Hospital Israelita Albert Einstein e que tiveram resultados positivos para algum vírus do painel de PCR multiplex de patógenos da via aérea superior, que ainda não incluía o SARS-CoV2 (causador da COVID-19), colhidos por swab nasofaríngeo. Resultados: Foram analisados 404 casos, média de idade de 31 meses, sendo 58% do sexo masculino. O patógeno mais prevalente foi Rinovírus/Enterovírus (45,3%), seguido por VSR (17,2%) e Adenovírus (14,9%). Apenas 24% possuíam alguma comorbidade como sibilância prévia, cardiopatia ou asma. Os principais sintomas referidos durante o atendimento no Pronto Atendimento foram febre (78%), tosse (73%) e coriza (45%). Taquicardia e dispneia foram alterações de exame físico constatadas em 47% e 25% dos casos, respectivamente. Foi realizado RX de tórax em 58,5% dos casos, sendo a imagem considerada normal pelo médico em 29% dos casos. Apenas 12% dos pacientes necessitaram hospitalização, sendo 7% em UTI. Nenhuma criança necessitou de intubação e não houve nenhum óbito. Na alta, 36% receberam prescrição de broncodilatador, 32% de antibiótico e 18% de corticóide sistêmico. Conclusão: O patógeno mais prevalente foi o Rinovírus/Enterovírus. A grande maioria dos quadros foi leve e de tratamento ambulatorial. Embora fossem todas infecções virais, quase um terço dos pacientes recebeu antibioticoterapia como tratamento.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867022002616 |
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