GRANULOMA FACIAL − REVISÃO CLINICO-PATOLÓGICA
Introdução: O granuloma facial é uma doença rara cujas características clínicas e histopatológicas têm sido apenas descritas em casos isolados ou séries limitadas. Material e métodos: Realizou-se estudo retrospectivo dos doentes com granuloma facial diagnosticados no Serviço de Dermatovenereologia...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Published: |
Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia
2014-07-01
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Series: | Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
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Online Access: | https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/191 |
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author | João Alves Elvira Bártolo |
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description | Introdução: O granuloma facial é uma doença rara cujas características clínicas e histopatológicas têm sido apenas descritas em casos isolados ou séries limitadas.
Material e métodos: Realizou-se estudo retrospectivo dos doentes com granuloma facial diagnosticados no Serviço de Dermatovenereologia do Hospital Garcia de Orta, entre 2001 e 2012. Foram estudados dados demográficos, clínicos e histopatológicos, procedendo-se ainda a revisão da literatura.
Resultados: No período estudado foram diagnosticados 7 casos de granuloma facial, 5 em mulheres e 2 em homens. A idade média foi de 56 anos. Cinco tinham uma única lesão enquanto 2 tinham múltiplas lesões, todas localizadas na face. Em 6 casos constatava-se a presença de uma zona de Grenz. O infiltrado inflamatório era misto, predominantemente linfocitário (6 casos) e estendia-se até à derme reticular (4 casos). A presença de leucocitoclasia, ectasia vascular e necrose fibrinóide foi detectada em 6, 5 e 4 casos, respectivamente. Fibrose, hemossiderina e eritrócitos extravasados foram encontrados em 3, 2 e 1 caso, respectivamente.
Conclusões: Os resultados obtidos suportam a maioria dos dados publicados até à data. Ao contrário do descrito, o granuloma facial foi mais frequente em mulheres.
A caracterização pormenorizada desta doença é importante para permitir o seu reconhecimento clínico e histopatológico, facilitando consideravelmente o diagnóstico diferencial com outras dermatoses mais frequentes. |
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publisher | Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia |
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spelling | doaj.art-ff01ba55e44e4f8aa1a95e98cd37c1d22022-12-22T01:24:27ZengSociedade Portuguesa de Dermatologia e VenereologiaRevista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia2182-23952182-24092014-07-0171310.29021/spdv.71.3.191GRANULOMA FACIAL − REVISÃO CLINICO-PATOLÓGICAJoão Alves0Elvira Bártolo1Interno do 3.º ano da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and VenereologyChefe de Serviço de Dermatovenereologia / Consultant Chief Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatovenereologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, PortugalIntrodução: O granuloma facial é uma doença rara cujas características clínicas e histopatológicas têm sido apenas descritas em casos isolados ou séries limitadas. Material e métodos: Realizou-se estudo retrospectivo dos doentes com granuloma facial diagnosticados no Serviço de Dermatovenereologia do Hospital Garcia de Orta, entre 2001 e 2012. Foram estudados dados demográficos, clínicos e histopatológicos, procedendo-se ainda a revisão da literatura. Resultados: No período estudado foram diagnosticados 7 casos de granuloma facial, 5 em mulheres e 2 em homens. A idade média foi de 56 anos. Cinco tinham uma única lesão enquanto 2 tinham múltiplas lesões, todas localizadas na face. Em 6 casos constatava-se a presença de uma zona de Grenz. O infiltrado inflamatório era misto, predominantemente linfocitário (6 casos) e estendia-se até à derme reticular (4 casos). A presença de leucocitoclasia, ectasia vascular e necrose fibrinóide foi detectada em 6, 5 e 4 casos, respectivamente. Fibrose, hemossiderina e eritrócitos extravasados foram encontrados em 3, 2 e 1 caso, respectivamente. Conclusões: Os resultados obtidos suportam a maioria dos dados publicados até à data. Ao contrário do descrito, o granuloma facial foi mais frequente em mulheres. A caracterização pormenorizada desta doença é importante para permitir o seu reconhecimento clínico e histopatológico, facilitando consideravelmente o diagnóstico diferencial com outras dermatoses mais frequentes.https://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/191Granuloma facialEosinófilosVasculite |
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