Os pais conhecem as queixas auditivas de seus filhos? Are parents aware of their children's hearing complaints?

A acurácia dos pais sobre a audição dos filhos é variável e pode diferir das queixas das crianças. OBJETIVO: Investigar as queixas auditivas de crianças e as impressões dos pais a respeito da audição das crianças. MÉTODOS: 477 crianças (2º ao 5º ano do ensino fundamental) foram entrevistadas e seus...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Keila Alessandra Baraldi Knobel, Maria Cecília Marconi Pinheiro Lima
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2012-10-01
Series:Brazilian Journal of Otorhinolaryngology
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942012000500005
Description
Summary:A acurácia dos pais sobre a audição dos filhos é variável e pode diferir das queixas das crianças. OBJETIVO: Investigar as queixas auditivas de crianças e as impressões dos pais a respeito da audição das crianças. MÉTODOS: 477 crianças (2º ao 5º ano do ensino fundamental) foram entrevistadas e seus pais responderam a pesquisa em casa. RESULTADOS: Vinte e nove porcento das crianças referiram dificuldade para entender fala no silêncio, 36,1% tinham história de um a três otites e 12,7% de quatro ou mais otites, 21,7% tinham zumbido contínuo (associação com exposição a sons intensos, p = 0.0007), 3,8% tinham zumbido pulsátil e 2,9% tinham alucinações auditivas. Vinte e oito e meio porcento referiram incômodo com sons intensos (associação com a queixa de zumbido, p = 0,0142, e com gênero, p = 0,0029) 10,4% haviam feito avaliação audiológica, e os fatores determinantes foram história de otites (p < 0,001) e preocupação dos pais com a audição dos filhos (p = 0,043). As respostas dos pais e de seus filhos foram significativamente diferentes. CONCLUSÕES: As queixas auditivas das crianças são prevalentes e relevantes, mas a maioria delas nunca teve a audição avaliada e a maioria dos pais não sabe das queixas de seus filhos. Intolerância a sons e alucinações auditivas deveriam ser consideradas em avaliações clínicas e audiológicas.<br>The accuracy of parents' impressions about their child's hearing status is variable and may not correspond to the child's complaints. AIM: To investigate children's self-reported hearing symptoms and parents' impressions about it. METHODS: 477 children (2nd to 5th grades of elementary schools) were interviewed and parents answered a survey at home. There were 393 matches between the children's interview and the parent's survey. RESULTS: 29% of the children reported trouble in understanding what people said, 36.1% had history of 1-3 ear infections, 12.7% had four or more ear infections, 21.7% had continuous tinnitus (positive association with history of exposure to loud sounds, p = 0.0007), 3.8% had pulsatile tinnitus and 2.9% had auditory hallucinations. 28.5% of the children were annoyed by loud sounds (associated with tinnitus, p = 0.0142, and gender, p = 0.0029) 10.4% had had audiological tests, and the determinant factors were history of ear infections (p < 0.001) and parents' concern about their child's hearing (p = 0.043). Parents and their own child's responses were significantly different. CONCLUSIONS: Children's auditory complaints were prevalent and relevant, but most of them had never had an audiological evaluation and most parents were not aware of their child's complaints. Sound intolerances and auditory hallucinations should be considered in clinical and audiological examinations.
ISSN:1808-8694
1808-8686