A Documentação Musical do Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto

Este artigo procura estabelecer uma ligação entre a música e a ciência da informação, tema ainda relativamente pouco explorado, dada a complexidade da descrição arquivística e a especificidade inerente aos documentos musicais. Para o efeito, foi utilizado como objeto de estudo para este artigo o Ac...

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Bibliographic Details
Main Author: Francisco Oliveira Cymbron Furtado Cabral
Format: Article
Language:English
Published: Coimbra University Press 2023-11-01
Series:Boletim do Arquivo da Universidade de Coimbra
Subjects:
Online Access:https://impactum-journals.uc.pt/boletimauc/article/view/13665
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description Este artigo procura estabelecer uma ligação entre a música e a ciência da informação, tema ainda relativamente pouco explorado, dada a complexidade da descrição arquivística e a especificidade inerente aos documentos musicais. Para o efeito, foi utilizado como objeto de estudo para este artigo o Acervo Musical do Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto. Em 2015, uma equipa de arquivistas organizou e descreveu arquivisticamente a documentação pertencente à Irmandade. Este Acervo Musical pertenceu ao Coro da Irmandade, fundado em 1768, sendo constituído, maioritariamente, por manuscritos musicais e por algumas edições impressas. Para uma melhor compreensão desta documentação, serão abordados vários aspetos tanto a nível histórico, como musical e arquivístico. Alguma da informação aqui publicada é inédita para a Musicologia portuguesa, visto que esta documentação nunca foi alvo de um estudo científico. Das vinte e oito obras musicais que constituem o Acervo Musical, apenas foram identificados três nomes de compositores, sendo um deles desconhecido no contexto do panorama musical português. São eles: David Perez (1711-1778), António da Silva Leite (1759-1833) e Francisco da Cunha Teles e Meneses (sem informação conhecida). Procura-se, ainda, refletir sobre as ligações entre a música e a arquivística, sublinhando a falta de técnicos especializados em ambas as áreas, para o tratamento de acervos semelhantes, em arquivos públicos e privados. Propõe-se que a música seja encarada apenas como uma diferente tipologia e/ou temática de um documento, não a discriminando e tratando-a como qualquer outro documento de arquivo.
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