Summary: | Este artigo objetiva discutir e analisar as crenças de alunos idosos a respeito do ensino aprendizagem de língua inglesa no contexto do curso de extensão intitulado Ensino de Língua Inglesa para alunos da Terceira Idade, do Instituto Federal de Santa Catarina. Apesar de hoje já sabermos que, por conta da plasticidade cerebral (RELVAS, 2005), nossos anos de aprendizagem não estão restritos à juventude, crenças acerca de uma possível dificuldade de alunos idosos em aprender um novo idioma ainda se fazem presentes. O problema reside quando essas crenças geram estagnação ou dificultam o aprendizado. Assim, é importante que o professor e os próprios alunos conheçam o sistema de crenças preexistentes, bem como seu impacto no contexto atual de ensino-aprendizagem (BARCELOS, 2004). Buscando compreender melhor o público do curso, desenvolvemos uma pesquisa quanti-qualitativa de cunho descritivo (GIL, 2010), em que fizemos um levantamento de campo sobre as crenças através de um questionário elaborado no Google Forms e distribuído aos alunos via e-mail. A partir da análise dos resultados, observamos que esses idosos acreditam que não é mais possível atingir a fluência no idioma. Por outro lado, apresentam preocupação quanto à metodologia que será empregada, já que não se
matricularam no curso apenas para passar o tempo, mas para aprender o idioma. É interessante notar que eles se veem como agentes no processo de ensino-aprendizagem e esse mesmo protagonismo é almejado fora da sala de aula, pois esses alunos esperam, com o aprendizado do inglês, ter liberdade para viajar e se comunicar.
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