Escrever, autorizar e conhecer: uma análise da relação entre escrita, autoria e produção de conhecimento

A análise das formas de produção de conhecimento escondem verdades que determinam os escritos acadêmicos. A forma chega a prevalecer sobre o conteúdo. Com isso, a produção tanto gera efeitos pela mera instituição da forma quanto esconde estratégias que inviabilizam o desenvolvimento e manifestação d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lúcio Álvaro Marques
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Triângulo Mineiro 2021-12-01
Series:Cadernos CIMEAC
Subjects:
Online Access:https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/cimeac/article/view/5977
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description A análise das formas de produção de conhecimento escondem verdades que determinam os escritos acadêmicos. A forma chega a prevalecer sobre o conteúdo. Com isso, a produção tanto gera efeitos pela mera instituição da forma quanto esconde estratégias que inviabilizam o desenvolvimento e manifestação da autoria nos escritos. E, geralmente, o escondimento da autoria não se deve à objetividade do texto nem à neutralidade científica, mas às estratégias de anulação do autor. No ato de escrever, o emprego da terceira pessoa do plural e da forma acadêmica de citação e referenciação, não poucas vezes, visa esconder a autoria, mas não apenas isso. O problema torna-se notório à medida que o autor abdica da possibilidade de demarcar sua posição teórica por submissão às normas acadêmicas. Outro aspecto é aquele em que o autor não se deixa ver pela tentação de manter neutralidade ou objetividade científica. A questão que analisaremos, portanto, refere-se a alguns escritos de estudantes e à forma como os estudantes escondem-se por trás das citações para não se darem a conhecer na escrita. O corpus eleito tem “semelhanças de família” (repetições e diferenças) e por se tratar de um conjunto de artigos apresentados por estudantes dos períodos iniciais das licenciaturas da UFTM e, neste artigo, analisaremos um artigo que se tornou paradigmático por sua origem e organização temática. Nossa hipótese será demonstrar como o apagamento do sujeito não é responsabilidade do acadêmico, mas resultado da própria estrutura de produção de conhecimento.
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