Os paradoxos do agronegócio fumageiro entre os pequenos agricultores no Oeste de Santa Catarina
O texto aborda os “desencontros” das políticas brasileiras em relação à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), sob auspícios da Organização Mundial da Saúde, ratificada pelo Brasil em 2005. Um dos pontos de embate está na diminuição/erradicação do cultivo do tabaco. O governo brasileiro,...
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Published: |
Universidade de Passo Fundo (UPF)
2020-05-01
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description | O texto aborda os “desencontros” das políticas brasileiras em relação à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), sob auspícios da Organização Mundial da Saúde, ratificada pelo Brasil em 2005. Um dos pontos de embate está na diminuição/erradicação do cultivo do tabaco. O governo brasileiro, numa postura politicamente correta, bane o fumo do espaço público, diminui o número de fumantes, mas oficialmente estimula o cultivo do tabaco para o incremento da balança comercial. Apesar da ratificação da Convenção pelo Brasil, encontramos o cultivo em pequena propriedade, em trabalho familiar, com alta carga de agrotóxico, em integração com a agroindústria fumageira, ou seja, agronegócio, pouco lembrado, quando mencionado. A relação de integração vertical transforma o fumo em primo pobre do agronegócio, em relação aos avicultores e suinocultores, face ao baixo grau de capitalização das famílias integradas. A pesquisa é de caráter qualitativo, envolvendo dois municípios. Entrevistamos vinte fumicultores e quatro lideranças sindicais. Recorremos igualmente a fontes documentais e estatísticas para complementação e aprofundamentos dos dados obtidos em campo. A pesquisa encontra-se em fase de andamento. Como resultados preliminares, observamos que o cultivo do fumo não é opção dos pequenos agricultores, mas uma das únicas saídas encontradas para permanecer na agricultura. Agricultores com maior grau de capitalização recusam-se ao plantio do fumo. As políticas públicas têm olhar oblíquo em relação aos fumicultores. |
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spelling | doaj.art-c2bc194281ce42aea54575cf7d4b16252022-12-21T21:31:44ZengUniversidade de Passo Fundo (UPF)História: Debates e Tendências2238-88852020-05-012026985https://doi.org/10.5335/hdtv.20n.2.10925Os paradoxos do agronegócio fumageiro entre os pequenos agricultores no Oeste de Santa CatarinaArlene Renk0Silvana Winckler1Universidade Comunitária da Região de ChapecóUniversidade Comunitária da Região de ChapecóO texto aborda os “desencontros” das políticas brasileiras em relação à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), sob auspícios da Organização Mundial da Saúde, ratificada pelo Brasil em 2005. Um dos pontos de embate está na diminuição/erradicação do cultivo do tabaco. O governo brasileiro, numa postura politicamente correta, bane o fumo do espaço público, diminui o número de fumantes, mas oficialmente estimula o cultivo do tabaco para o incremento da balança comercial. Apesar da ratificação da Convenção pelo Brasil, encontramos o cultivo em pequena propriedade, em trabalho familiar, com alta carga de agrotóxico, em integração com a agroindústria fumageira, ou seja, agronegócio, pouco lembrado, quando mencionado. A relação de integração vertical transforma o fumo em primo pobre do agronegócio, em relação aos avicultores e suinocultores, face ao baixo grau de capitalização das famílias integradas. A pesquisa é de caráter qualitativo, envolvendo dois municípios. Entrevistamos vinte fumicultores e quatro lideranças sindicais. Recorremos igualmente a fontes documentais e estatísticas para complementação e aprofundamentos dos dados obtidos em campo. A pesquisa encontra-se em fase de andamento. Como resultados preliminares, observamos que o cultivo do fumo não é opção dos pequenos agricultores, mas uma das únicas saídas encontradas para permanecer na agricultura. Agricultores com maior grau de capitalização recusam-se ao plantio do fumo. As políticas públicas têm olhar oblíquo em relação aos fumicultores.http://seer.upf.br/index.php/rhdt/article/view/10925/114115236integração verticaltabacoagricultura familiar |
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