Seletividade alimentar e o papel da escola: crianças que frequentam regularmente a escola apresentam maior repertório alimentar?

Objetivo: Comparar o número de alimentos aceitos por crianças de 0 a 5 anos com seletividade alimentar que frequentam ou não a escola. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, com dados de 94 crianças de 0 a 5 anos diagnosticadas com seletividade alimentar atendidas em um centro de referência. O...

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Bibliographic Details
Main Authors: Mariana Correia Stevenson Braga, Luana Romão Nogueira, Arissa Matsuyama Okuizumi, Nilvane Oliveira Rocha, Andrea Romero de Almeida, Priscila Maximino, Mauro Fisberg
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2021-12-01
Series:Medicina
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/172886
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description Objetivo: Comparar o número de alimentos aceitos por crianças de 0 a 5 anos com seletividade alimentar que frequentam ou não a escola. Métodos: Estudo observacional retrospectivo, com dados de 94 crianças de 0 a 5 anos diagnosticadas com seletividade alimentar atendidas em um centro de referência. O diagnóstico do paciente é baseado na classificação de Kerzner e o repertório alimentar foi avaliado por meio do inventário alimentar. A frequência da criança à escola ou não foi autorreferida pelo responsável da criança. Para os testes de diferenças utilizou-se o qui-quadrado e o T de student, dependendo da natureza da variável. Para todas as análises, considerou-se nível de significância menor que 5%. Resultados: No presente estudo, a maioria das crianças era do sexo masculino (64,9%), com mais de 2 anos (78,7%), eutrófica de acordo com IMC para idade (86,0%), seletivo regular (77,7%) e sem doença orgânica associada (63,7%). O número médio de alimentos aceitos pela amostra foi de 19,2±7,7 alimentos. Em relação a frequentar a escola ou não, 67,0% frequenta a escola regularmente. Apesar de haver valor médio menor de alimentos quando não se frequenta a escola (17,8±7,3 vs 20,8±7,8, quando frequenta), não houve diferença estatisticamente significativa (p=0,074). De modo geral, foram encontradas médias maiores quando há a frequência na escola. Crianças com risco de sobrepeso/sobrepesas ou que foram amamentadas exclusivamente até os 6 meses e que frequentam a escola apresentam maior média de alimentos aceitos quando comparadas às que não frequentam (p=0,002 e p=0,046, respectivamente). Conclusão: Crianças altamente seletivas vão menos à escola do que os seletivos regulares. Crianças com risco de sobrepeso e sobrepesas que não frequentam a escola apresentam seletividade mais severa.
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